
"Ouvindo isso, Jesus lhes disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores". Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Algumas pessoas vieram a Jesus e lhe perguntaram: "Por que os discípulos de João e os dos fariseus jejuam, mas os teus não?" Jesus respondeu: "Como podem os convidados do noivo jejuar enquanto este está com eles? Não podem, enquanto o têm consigo. Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão. "Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, pois o remendo forçará a roupa, tornando pior o rasgo. E ninguém põe vinho novo em vasilhas de couro velhas; se o fizer, o vinho rebentará as vasilhas, e tanto o vinho quanto as vasilhas se estragarão. Pelo contrário, põe-se vinho novo em vasilhas de couro novas".
Certo sábado Jesus estava passando pelas lavouras de cereal. Enquanto caminhavam, seus discípulos começaram a colher espigas. Os fariseus lhe perguntaram: "Olha, por que eles estão fazendo o que não é permitido no sábado?" Ele respondeu: "Vocês nunca leram o que fez Davi quando ele e seus companheiros estavam necessitados e com fome? Nos dias de Abiatar, o sumo sacerdote, ele entrou na casa de Deus e comeu os pães da Presença, que apenas aos sacerdotes era permitido comer, e os deu também aos seus companheiros". E então lhes disse: "O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Assim, pois, o Filho do homem é Senhor até mesmo do sábado".
Noutra ocasião ele entrou na sinagoga, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. Alguns deles estavam procurando um motivo para acusar Jesus; por isso o observavam atentamente, para ver se ele iria curá-lo no sábado. Jesus disse ao homem da mão atrofiada: "Levante-se e venha para o meio". Depois Jesus lhes perguntou: "O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar a vida ou matar? " Mas eles permaneceram em silêncio. Irado, olhou para os que estavam à sua volta e, profundamente entristecido por causa dos seus corações endurecidos, disse ao homem: "Estenda a mão". Ele a estendeu, e ela foi restaurada."
Marcos 2:17-3.6
O que é mais fácil, ser cristão ou ser religioso? Através desse trecho das escrituras há um contraste entre a religiosidade e o verdadeiro Cristianismo.
No texto percebemos que os inquiridores de Jesus tinham os rituais como essência de sua religião e Jesus insiste em confrontá-los mostrando quem Ele era. Sua presença mudou tudo, incluindo as regras que regiam a vida daqueles fariseus.
O primeiro evento descrito no texto era o jejum. Os discípulos de João jejuavam mas os de Jesus não. Na realidade, os judeus atribuíam muito mais valor ao jejum do que a própria lei de Deus. A lei propunha um jejum anual no dia da expiação enquanto os fariseus jejuavam duas vezes por semana. Jesus não quebrou a lei de Moisés, mas ensinou que os rituais exigidos pelos homens não eram o centro de Seu discipulado. Ele repudiava os acréscimos feitos na lei e queria que seus discípulos se alegrassem pois o Noivo estava entre eles.
O segundo acontecimento foi a colheita no dia de sábado. Os fariseus davam tanto valor ao sábado que queriam matar Jesus por ter permitido a colheita nesse dia. No antigo testamento o sábado era um dia de festa mas para os fariseus se tornou um dia marcado por dogmas. A acusação contra os discípulos não se baseava na lei mas sim na tradição judaica. Deus instituiu o sábado para abençoar o homem, para fazê-lo útil e para que ele tivesse alegria em exaltar ao Senhor.
O terceiro acontecimento foi quando Jesus curou um homem também no sábado. Os fariseus se recusavam a reconhecer seu poder de cura, preferiam condená-lo por usar tal poder no sábado. Jesus interpreta a lei com autoridade e demonstra que os milagres servem a um propósito mais elevado, revelar sua Messianidade.
A dureza do coração dos fariseus era muito grande, isso levou Cristo para o calvário. A lei apenas demonstra a incapacidade do homem de se salvar, revela a injustiça da humanidade. Os fariseus se apegaram tanto à lei que não viam a necessidade de um Salvador.
E quanto a nós? Os nossos costumes estão de acordo com a Bíblia? Comunicamos perdão e misericórdia ou apenas culpa? Nosso culto é voltado para o Senhor ou apenas para a plateia? E nossas vidas? Aguardamos ao Senhor
Pr. Vagner Pontes





