
Não é de hoje que as mulheres são alvos de equívocos em relação a quem de fato são. Ora menosprezadas, ora supervalorizadas. Dois lados de um mesmo pêndulo. O desafio de todos os tempos é promover o equilíbrio que honre a Deus valorizando, na medida certa, a bela obra de sua criação.
Como bem escreveu Isaque Sicsú:
"Nos dias em que uma mulher não valia mais do que alguns camelos, Moisés surge na história dizendo que a mulher foi criada à imagem e semelhança de Deus, apresentando-a ao lado do homem como o clímax da obra do Criador.
Nos dias em que uma mulher era vista como mera propriedade do homem, num contexto cultural extremamente machista, Jesus Cristo e seus apóstolos surgem na história honrando, valorizando e elevando a mulher e seu papel na família, igreja e sociedade."
É certo de que ir para o outro lado do pêndulo, levado pelo movimento feminista, como temos visto nos últimos dias, só fará com que os equívocos mudem de lado. Se a sociedade menosprezou a mulher na história, a ponto de Moisés, Jesus e seus apóstolos intervirem para elevarem ao nível que elas foram criadas, por outro, a mesma sociedade, anos mais tarde, pode estar incorrendo num erro extremo de elevá-la a um nível nunca jamais idealizado pelo Deus criador.
O equilíbrio está numa compreensão clara e honesta sob a perspectiva cristã:
Deus criou a mulher com a mesma essência do homem para ofertar auxílio e complementá-lo (Gn 2.18) , como parte mais frágil (1Pe2.7), não para competir com ele. A mulher sempre foi exaltada nas Escrituras. Há muita poesia e sabedoria na descrição da mulher virtuosa (Pv 31).
"A mulher, portanto, é um presente gracioso e providencial de Deus,
sem a qual a família não é completa"
Quando a perspectiva original sobre a mulher é bem compreendida, somos impelidos a celebrar com alegria, não apenas o dia 8, mas todos os dias do ano, ao Supremo Criador, o nosso Deus, com gratidão, reconhecendo e valorizando a mulher como alvo e instrumento inequívocos da graça de Deus.
Pastor Vagner Pontes





