A Ressignificação da Páscoa
- Vagner Pontes
- 23 de mai. de 2021
- 3 min de leitura
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos discípulos, dizendo: "Tomem; isto é o meu corpo". Em seguida tomou o cálice, deu graças, ofereceu-o aos discípulos, e todos beberam. E lhes disse: "Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. Eu lhes afirmo que não beberei outra vez do fruto da videira, até aquele dia em que beberei o vinho novo no Reino de Deus". Depois de terem cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Disse-lhes Jesus: "Vocês todos me abandonarão. Pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas serão dispersas’. Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia". Pedro declarou: "Ainda que todos te abandonem, eu não te abandonarei! " Respondeu Jesus: "Asseguro-lhe que ainda hoje, esta noite, antes que duas vezes cante o galo, três vezes você me negará". Mas Pedro insistia ainda mais: "Mesmo que seja preciso que eu morra contigo, nunca te negarei". E todos os outros disseram o mesmo.
Enquanto os discípulos comiam a ceia pascal, Jesus explica que sua morte e ressurreição significariam uma nova aliança. Uma aliança que não desmerecia a antiga, mas lhe dava um novo significado. A antiga aliança era válida à medida que Israel cumprisse a lei. Dessa forma, o povo estava sempre em dívida, pois não podia cumprí-la por completo. Por isso, o derramamento de sangue dos animais era necessário para reconciliação e aplacar a ira de Deus. Em contraste, a nova aliança não depende da nossa obediência, mas de Cristo e o seu sangue vertido na cruz que agora ratifica, de uma vez por todas, sua nova aliança.
Sem derramamento de sangue não existe aliança entre Deus e a humanidade. Um sacrifício substitutivo era necessário para que houvesse perdão de pecados. O que Jesus fez foi se sacrificar, uma vez por todas, substituindo todo aquele que crê e confia na obra dEle. Por meio da fé nesse sacrifício, somos feitos filhos de Abraão e podemos fazer parte do povo de Deus.
A última ceia institui o memorial da morte de Cristo antes mesmo disso acontecer. Ela foi planejada por Deus para que os seus discípulos a realizassem com fé até que Cristo venha novamente. Ela nos lembra do sacrifício de Jesus no passado, mas também aponta para volta do nosso mestre quando todo aquele que crê poderá desfrutar da ceia em sua presença na morada celestial.
Nos versos seguintes, Marcos revela a agonia de Jesus predizendo seu abandono pelos discípulos. Após a morte do mestre, suas ovelhas entrariam em pânico e fugiriam. Contudo, em demonstração de amor, sua própria profecia serviria o propósito de reunir os fiéis espalhados. O reencontro já estava garantido.
A partir do verso 29, a reação de Pedro à previsão de Jesus é negar a verdade sobre seu próprio coração corrompido. Ele via sua fidelidade como inabalável e ouviu com descrédito as palavras de Cristo. O exemplo do discípulo não está tão distante de nós. Somos orgulhosos e desconhecemos o limite dos nossos pecados. Sendo assim, devemos crer no que a Palavra diz sobre nós e nosso coração.
Aplicações
1. Lembre-se com fé do memorial que a ceia retrata, tendo consciência da Nova Aliança que ela representa;
2. Não se engane. A fraqueza faz parte da vida cristã. O coração é enganoso e facilmente se orgulha;
3. Creia na Palavra e esteja vigilante;
4. Não tenha medo, apoie-se na segurança divina;
5. Nosso coração tende a esfriar, por isso, em dependência do Senhor, persevere!








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